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segunda-feira, 8 de março de 2021

 Ideia partilhada com a Academia de Cinema


No actual panorama de produção, tanto português como internacional, o formato das séries tem vindo a crescer a um ritmo acelerado, pondo a maioria das produtoras e cineastas que fazem cinema, a desbravar e abraçar as séries, onde, quanto a mim, que fiz três nos últimos dois anos, não distingo, tanto a metodologia de produção como o possível conteúdo, de uma tradicional longa metragem, para além do tempo da peça final e da exposição de ser projectado em sala de cinema ou na nossa sala.

O nosso trabalho, de guião, produção, construção de personagens, representação, realização, arte, som, fotografia, etc. é o mesmo, senão maior. O conteúdo cinemático não se deve limitar a numero de minutos nem por onde será vinculado.

Acredito que mais cedo do que se imagina, os prémios internacionais, tanto de festivais quanto de outras academias, serão divididos em dois formatos, historias com até duas horas e histórias com mais de duas horas, e as premiações passarão a ser indiferentes à escolha de onde foi projectado.

Os Emmys tem a categoria que eu acho perfeita para o nosso panorama; Limited Series, Movies  Existe antes disto a distinção entre TV Series Single Camara e TV Series Multi Camara, que distingue o formato de produção entre elas, e o meu ponto, para nossa discussão, é que o conceito das TV Series Single Camara são Cinema, com mais minutos.

Outra possível vantagem deste alargamento, para além de mostrar o extraordinário trabalho de actores, realizadores e outros que se perdem em não reconhecimento, é de evitar que a academia se afunile em um só formato de produção.

O Cinema vive uma revolução de formato e exposição onde me parece que não devemos nos limitar a uma só mentalidade. 

Uma ideia para conversarmos.


Fevereiro de 2021


 Meu segundo prémio dado pela AIP e ganho pela serie A Espia.  Este prémio é sempre mais agradável pois é dado pelos meus pares, o que o torna quanto a mim, mais credível.

Copio aqui o texto que pus no Facebook;

"Obrigado à AIP pela iniciativa e por continuar a promover o trabalho dos Directores de Fotografia tanto em Portugal como pelo mundo fora. Não posso deixar de agradecer ao Hugo Azevedo aip que fotografou a 2nd Unit e que trouxe o seu talento para fazer desta dura produção um sucesso. À equipa de câmera que tanto me apoiaram; Miguel Robalo, David Vasquez, Silvia Diogo, aos camaradas/chefes; José Manuel e Carlos Santos, a directora de arte, Elia Rocas e à produção da Ukbar que não se conteve em investir tudo em frente da lente e claro, ao Jorge Paixão da Costa pela oportunidade."