Marcadores

terça-feira, 20 de novembro de 2012


DA SUBVERÇÃO CINEMATOGRÁFICA Á EMOÇÃO, PASSANDO PELA ESTÉTICA E POLITICA.

“European cinema is famously regarded as being
dominated by auteurs; directors with the status of artists and
authors who aim to reflect their own visions and concerns in the
films they make disregarding their commercial destination. 1
But more importantly and challenging was the formation of a solid European film identity, one of subversion, which some might argue, has gradually been lost to the Hollywood mainstream rules. I disagree.
This type of subversion comes from the filmmakers reflection of cinema as an art form (it’s role, responsibility, capability, slanguage, etc.) and everything surrounding it.”

Guilherme Oliveira
Essay - Subversion Cinema. London 2012

1 Wood, M. (2007). Contemporary European Cinema. London: Bloomsbury. 24.

“Para mim, arte é estética - e não me custa incluir nela a ética - mas tenho enorme dificuldade em conjugar arte com política, talvez porque considere que a política é inestética. Por instinto, desconfio dos que usam a arte para fazer política. Acho que eles não se julgam suficientemente artistas. Velasquez revelou-nos que o rei era um cretino e o papa era cruel. Mas não o fez com objectivo político. Descreve-os assim porque era assim que ele os via. E, de facto, o primeiro era idiota e o segundo, embora papa, agia como temido chefe de polícia.”

Luis Soares de Oliveira
Cascais 2012


Estes dois excertos foram retirados, primeiramente de um ótimo trabalho universitário do meu Filho sobre a subversão no cinema Europeu, e de uma resposta do meu Pai, ao mesmo por email. Duas diferentes gerações que me ajudaram a esclarecer aquilo que sempre senti e nunca me dei ao trabalho de exprimir.
Por não ser ativamente politico, embora interessado, sempre separei inocentemente, a forma artística da forma politica, não por achar que não se devem misturar, mas porque só desejo ser confrontado com a arte que me faz sentir e questionar emocionalmente, deixando a critica e a luta para outra parte da minha pessoa, não a arte. pois como o meu Pai diz, arte é estética e eu concordo, Não sendo artisticamente subversivo, dou a minha admiração a quem o é. Sendo politicamente subversivo, e não tendo ainda sido exposto a uma forma politico-econômica que me convença, abraço a ideia anarco-taoísta.
"Há uma coisa como deixar a humanidade sozinha; nunca houve tal coisa como governar a humanidade [com sucesso],"
Chuang Tzu, chinês do SEC. IV A.C.
Utopia?
Talvez. Acabo voltando sempre á supremacia e obediência da estética.
Obrigado Pai e Filho