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quinta-feira, 3 de julho de 2014

O PATRIOTISMO E O EU PEQUENO


Não sou patriótico, mas reconheço a minha pequenez, quando me sinto bem com os da minha cultura. A construção do homem tem sido pela conquista de conforto e proteção, dai a necessidade de fronteiras artificiais que logo se podem transformar em reais, de crenças comuns, de cores e linguagem, etc, etc….
É pequeno mas perceptivo, o patriotismo. Eu, o entendo inicialmente como uma criação do homem, por vezes forçada, que serve para criar um entendimento cultural entre um grupo, e que bem manipulado faz esse mesmo grupo trabalhar e até dar a vida por essa elite qua o criou.
É um trabalho intenso, dessa gente, de estar sempre a lembrar ás massas, que cor, que hino, que língua, que território, etc, devem eles amar.
Acho pequeno.  Sei que o homem tem inteligência para poder abarcar a ideia de que a sua nação pode ser muito maior se ele se deixar ir por uma cultura mais global, sem esquecer o seu regionalismo. Como o sábio dizer Budista; O Oceano é feito de gotas, uma só gota não é nada e o Oceano sem gotas não existiria.
O Patriotismo é do tamanho que cada um de nós decide. Pessoalmente, o meu é do tamanho da humanidade

Igarapé Julho de 2014
A COPA DO MUNDO E O EU ULTRAPASSAVEL

Realizado um dos meus sonhos de criança. Viver um Mundial de futebol. 
Quanto mundano possa parecer, esta adoração por um grupo de 22 “gajos” a chutar uma bola, ultrapassa me em muito mais que só isso, que é o que realmente o é.  22 “gajos” chutando uma bola.
Ultrapassa me a sociologia do tema, e seu estudo das massas e sua necessidade de agrupar semelhantes que se sentem mais protegidos quando pertencentes de um clube de uma cor de uma nação e por ai a fora.
Desde muito cedo, e criado que fui no Brasil, vivi intensamente o ambiente á volta de um Mundial, onde o que mais me interessou sempre foi o confronto entre países, mais que o torcer pelo meu, era o lado bélico e a energia gerada pela sociedade que se cega e se expande em inocente fanatismo, como na velha Roma dos Gladiadores. Pequeno argumento de dualidade, sendo eu um anti patriótico na explicação recorrente.
Ultrapassa me esse gosto subliminar de guerra, que creio seja bastante similar ao de quem brincou com guerras sérias por diversão bélica e gosto de conquista.
Belo Horizonte Junho de 2014

SIMPLES EXPLICAÇÃO DA IGNORANTE CRENÇA MESSIÂNICA


“The thoughtful student, in scanning the religious history of the race, has one fact continually forced upon his notice, viz., that there is an invariable tendency to deify whomsoever shows himself superior to the weakness of our common humanity. Look where we will, we find the saint-like man exalted into a divine personage and worshipped for a god. Though perhaps misunderstood, reviled and even persecuted while living, the apotheosis is almost sure to come after death: and the victim of yesterday's mob, raised to the state of an Intercessor in Heaven, is besought with prayer and tears, and placatory penances, to mediate with God for the pardon of human sin. This is a mean and vile trait of human nature, the proof of ignorance, selfishness, brutal cowardice, and a superstitious materialism. It shows the base instinct to put down and destroy whatever or whoever makes men feel their own imperfections; with the alternative of ignoring and denying these very imperfections by turning into gods men who have merely spiritualised their natures, so that it may be supposed that they were heavenly incarnations and not mortal like other men.”

Excerpt From: Henry Steel Olcott. “The Life of Buddha and Its Lessons.” iBooks. 
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quarta-feira, 2 de julho de 2014

AÇOUGUE T-BONE



Foi uma grande descoberta para mim a cidade de Brasília, 
A cidade é muito bonita, organizada, limpa, enfim, civilizada. Fui lá ver o jogo de Portugal e adorei tudo, inclusive o estádio Mane Garrincha, tão contestado (indiscutivelmente) mas que é uma obra espantosa que se iguala a qualquer dos super estádios do mundo. Desadequado por hora para a cidade que é, mas numa perspectiva a longo prazo, uma boa visão.


Mas acima de tudo, foi a descoberta do show de Jorge Ben Jor, que adora, de graça numa rua fechada organizado por essa incrível entidade, o açougue T-Bone.
O herói deste escrito, o talhante Luiz António, aprendeu a ler e escrever aos 16 anos, apaixonou-se por livros e achou que não podia guarda- los só para si, por isso no seu talho vendia carne para alimentar o corpo e pôs uma estante com livros para as pessoas levarem e trazerem livros para alimentar a mente. Passou a ser uma referência de encontro entre poetas e outros artistas de Brasília, lançamento de livros etc.
Depois fez o mesmo em algumas paragens de autocarro(ônibus), tudo de graça.
Maravilha. Vejam os links