DA SUBVERÇÃO CINEMATOGRÁFICA Á
EMOÇÃO, PASSANDO PELA ESTÉTICA E POLITICA.
“European cinema is famously regarded as being
dominated by auteurs; directors with the status of
artists and
authors who aim to reflect their own visions and
concerns in the
films they make disregarding their commercial
destination. 1
But more importantly and challenging was the formation
of a solid European film identity, one of subversion, which some might argue,
has gradually been lost to the Hollywood mainstream rules. I disagree.
This type of subversion comes from the filmmakers
reflection of cinema as an art form (it’s role, responsibility, capability, slanguage,
etc.) and everything surrounding it.”
Guilherme Oliveira
Essay
- Subversion Cinema. London 2012
1 Wood, M. (2007). Contemporary
European Cinema. London: Bloomsbury. 24.
“Para mim, arte é estética - e
não me custa incluir nela a ética - mas tenho enorme dificuldade em conjugar
arte com política, talvez porque considere que a política é inestética. Por
instinto, desconfio dos que usam a arte para fazer política. Acho que eles não
se julgam suficientemente artistas. Velasquez revelou-nos que o rei era um
cretino e o papa era cruel. Mas não o fez com objectivo político. Descreve-os
assim porque era assim que ele os via. E, de facto, o primeiro era idiota e o
segundo, embora papa, agia como temido chefe de polícia.”
Luis Soares de Oliveira
Cascais 2012
Estes dois excertos foram retirados,
primeiramente de um ótimo trabalho universitário do meu Filho sobre a subversão
no cinema Europeu, e de uma resposta do meu Pai, ao mesmo por email. Duas
diferentes gerações que me ajudaram a esclarecer aquilo que sempre senti e
nunca me dei ao trabalho de exprimir.
Por não ser ativamente politico, embora
interessado, sempre separei inocentemente, a forma artística da forma politica,
não por achar que não se devem misturar, mas porque só desejo ser confrontado
com a arte que me faz sentir e questionar emocionalmente, deixando a critica e
a luta para outra parte da minha pessoa, não a arte. pois como
o meu Pai diz, arte é estética e eu concordo, Não sendo artisticamente subversivo, dou
a minha admiração a quem o é. Sendo politicamente subversivo, e não tendo ainda sido exposto a uma
forma politico-econômica que me convença, abraço a ideia anarco-taoísta.
"Há uma coisa como deixar a
humanidade sozinha; nunca houve tal coisa como governar a humanidade [com
sucesso],"
Chuang Tzu, chinês do SEC. IV A.C.
Chuang Tzu, chinês do SEC. IV A.C.
Utopia?
Talvez. Acabo voltando sempre á
supremacia e obediência da estética.
Obrigado Pai e Filho
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